Assédio sexual é comum contra as mulheres
Primeiramente, sabe-se que o assédio sexual contra a mulher ainda é uma realidade muito recorrente. Bem como outros tipos de abusos, os ataques contra as mulheres acontecem em diversos meios de convivência social. E os Apps de mobilidade urbana, talvez por serem muito utilizados atualmente, entrou nas estatísticas dessa triste realidade. Pelo menos uma a cada quatro mulheres entrevistadas em pesquisa à Datafolha, já sofreu abuso sexual. Além disso, entre 2012 e 2015, a Uber recebeu mais de 6mil denúncias de assédio. Por isso, com tantos casos na mídia, o medo que antes já existia entre as mulheres, aumentou. Pois diante dessa violência fica ainda mais difícil confiar na segurança quando se trata de Apps de mobilidade.
Possibilidade de mecanismo de segurança, exclusivo para as mulheres Nesse cenário, a Uber realizou uma pesquisa online. A fim de saber a opinião feminina sobre um novo serviço exclusivo para mulheres no Brasil. Devido ao fato de que, inevitavelmente, muitos abusos estão relacionados à marca. Nessa pesquisa foi questionado, primeiramente, sobre a vulnerabilidade da mulher com relação ao homem e se o tratamento dos motoristas é diferente quando se trata de uma usuária. Posteriormente, é perguntado à elas sobre a preferência de serem atendidas por motoristas do sexo feminino. Também sobre a possibilidade de ter essa funcionalidade, que permite ver a avaliação de motoristas, feita por outras mulheres, independentemente do gênero. Além disso, a pesquisa também procura saber a opinião delas com relação ao tempo que estariam dispostas a esperar, para serem atendidas por esses motoristas bem avaliados. Contudo, a Uber não fez um pronunciamento a respeito da nova ferramenta sugerida pela pesquisa. Mas caso ofereça tal funcionalidade, certamente o Brasil será o primeiro a testá-la. Pois não existe tal utilidade em outros países.
Sobre a diferença no valor da remuneração entre homens e mulheres
As mulheres têm conquistado seu espaço ao longo dos anos, no mercado de trabalho. Não somente como clientes, existem motoristas que utilizam dos serviços da plataforma Uber como uma fonte de renda. Por isso, é importante que em ambas as posições (usuária ou motorista) a mulher seja respeitada, dentro dos seus direitos enquanto cidadã. Embora a remuneração feminina ainda seja inferior à masculina em muitos casos, cargos anteriormente ocupados apenas por homens, hoje, nota-se uma participação maior de mulheres neles. Dirigir, por exemplo, é uma tarefa um tanto quanto julgada, quando se trata de uma mulher no volante. Em estudo realizado pela Universidade de Stanford (EUA), analisou-se os motivos pelos pelos quais as mulheres ganham 7% menos na Uber, se comparado aos homens. Os algoritmos que constituem a plataforma não são programados para distinguir entre gêneros em seu funcionamento. Por outro lado, observou-se que as motoristas tinham uma remuneração mais baixa. Depois de investigar, descobriu-se que essa diferença de remuneração acontece pelo fato de que os homens dirigem mais rápido. Por isso, fazem mais viagens durante seu dia de trabalho. Consequentemente, ao final do dia têm uma remuneração maior. Além disso, segundo o estudo, as mulheres fazem mais paradas durante as corridas, para realizar outras tarefas. O que também influencia nesse resultado desigual.